Em discussão no Senado, o projeto de reforma tributária pode sofrer alterações, retornando à Câmara. A principal polêmica envolve o novo sistema de tributação sobre a venda de imóveis por empresas, que terá uma alíquota reduzida de 16,78% para novas construções, enquanto vendas por pessoas físicas seguem isentas. O setor imobiliário critica a medida, afirmando que a carga tributária atual varia entre 6,4% e 8%. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) propõe um redutor de 60%, o que diminuiria a alíquota para 11,98%, buscando um impacto neutro no setor.

A equipe econômica defende que o sistema beneficiará imóveis populares e permitirá abatimento de tributos ao longo da cadeia produtiva, incentivando novas tecnologias de construção. No entanto, construtoras argumentam que o aumento nos custos será significativo, especialmente para imóveis de maior valor.

O debate se intensifica com cálculos divergentes entre o governo e o setor imobiliário, e há possibilidade de adiamento na regulamentação da reforma. Alterações no projeto podem elevar a alíquota padrão do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), impactando diversos setores da economia.