À medida que o Pix se torna mais popular para pagamentos e transferências, aumentam também os relatos de golpes. Um dos mais recentes é o golpe do Pix errado, que viralizou nas redes sociais.

Como Funciona o Golpe

O golpe começa quando o fraudador faz uma transferência para a conta da potencial vítima. Depois, entra em contato alegando que a transferência foi um engano e pede a devolução do dinheiro, mas para uma conta diferente da que fez a transferência inicial.

Os golpistas também utilizam o Mecanismo Especial de Devolução (Med) do Pix, criado para facilitar a devolução em caso de fraudes. Eles alegam que foram enganados, o que pode resultar na retirada forçada do dinheiro da conta da vítima.

A transação alegada é analisada. No entanto, quando os bancos envolvidos nas transferências percebem que a vítima verdadeira recebeu o valor e logo em seguida transferiu para uma terceira conta, entendem essa triangulação como típica de um golpe.

Daí, ocorre a retirada forçada do dinheiro do saldo da pessoa enganada. Desta forma, o golpista que já tinha recebido o dinheiro de volta voluntariamente consegue mais uma devolução, em prejuízo da vítima.

Uma vez constatado que caiu no golpe, a pessoa pode também acionar o mecanismo de devolução. No entanto, a conta que recebeu o dinheiro transferido por “boa fé” pode já estar zerada, sem saldo para restituir o prejuízo.

Prevenção e Medidas

O Banco Central orienta que, ao receber um Pix por engano, o usuário deve usar a opção "devolver" no aplicativo do banco, o que estorna o valor para a conta que originou o Pix. Este procedimento ajuda a evitar fraudes.

Med 2.0

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) propôs melhorias no Med para bloquear dinheiro fruto de fraude em várias camadas, dificultando a ação dos golpistas. O desenvolvimento do Med 2.0 acontecerá entre 2024 e 2025, com implantação prevista para 2026.

A conscientização sobre esses golpes é crucial para proteger os usuários do Pix e garantir a segurança das transações financeiras.