A volta às aulas, este ano, foi marcada pela proibição do uso de celulares nas escolas brasileiras. A nova lei surge como uma alternativa para manter os estudantes mais concentrados, além de incentivar a interação fora das telas. Porém, ficar horas desligado das redes pode ser um desafio para os alunos.
Esse veto aos aparelhos foi formalizado em 15 de janeiro, após o presidente Lula sancionar uma lei que se estende a toda a educação básica, pública e particular (ou seja, educação infantil, ensino fundamental e ensino médio).
De acordo com o MEC antes da proibição dos celulares, foram notados alguns problemas nas salas de aula, como: distração de alunos, falta de interação social, problemas de saúde mental e impacto negativo no aprendizado.
Segundo relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, de 2022, alunos que passaram mais de cinco horas diárias conectados tiveram, em média, 49 pontos a menos em matemática do que os que usaram o celular por até uma hora.
Com a lei os aparelhos devem permanecer na mochila do aluno ou em uma caixa controlada pelo professor. O local onde os celulares ficarão guardados será uma decisão de cada escola.
A restrição ao uso dos celulares deve se manter inclusive no "tempo livre". De acordo com a lei, o uso de celulares será proibido durante as aulas, recreios, intervalos e atividades extracurriculares.
As consequências para os alunos que não seguirem a regra também deverão ser definidas pelas próprias instituições de ensino.
O uso de celular é permitido nas seguintes exceções, emergências, para fins pedagógicos, com a orientação do professor, e para acessibilidade de estudantes com deficiência.
A lei ainda precisa ser regulamentada.