Nos últimos meses, o aumento nos preços de itens básicos tem causado um impacto significativo no bolso dos brasileiros, e em Sinop não é diferente. O preço do café, um dos produtos essenciais na mesa dos sinopenses, teve uma alta de 5,31% em janeiro. Esse aumento reflete uma pressão adicional na já elevada taxa de inflação local, que avançou 0,20% no primeiro mês do ano. Como resultado, o custo da cesta básica em Sinop também aumentou, chegando a R$ 867,61, um avanço de 0,63% em relação a dezembro de 2024.

De acordo com o economista Feliciano Azuaga, esse aumento no preço do café e de outros itens está diretamente relacionado a fatores climáticos. "O café, assim como o cacau, é um produto altamente sensível às condições climáticas. As altas temperaturas e a seca nas regiões produtoras afetaram a produção, o que resultou na alta do preço do grão. E, infelizmente, a tendência é que isso se mantenha ou até piore nos próximos meses", explica o economista.

Essa elevação no preço do café está sendo sentida em todo o Brasil, mas em Sinop, onde o impacto da inflação já é notado, a situação preocupa. Com a inflação acumulada nos últimos 12 meses atingindo 4,44% em Sinop, a cidade ultrapassou o patamar considerado adequado, o que agrava ainda mais a pressão sobre os consumidores locais.

A inflação não tem dado trégua, e os aumentos de preços em produtos essenciais, como o café, tornam o orçamento das famílias sinopenses cada vez mais apertado. O cenário de instabilidade climática nas regiões produtoras contribui para a incerteza quanto aos preços do café nos próximos meses, e a expectativa é de que a inflação continue sendo um desafio a ser enfrentado.

Enquanto isso, o mercado local também registrou uma alta significativa no preço do tomate, com aumento de 12,76%, e algumas quedas em outros itens da cesta básica. No entanto, o impacto maior para os consumidores segue sendo o aumento dos produtos alimentícios essenciais, como o café, que tem uma presença constante no dia a dia de todos os brasileiros.

“A situação exige atenção, pois, além dos impactos econômicos, as condições climáticas podem continuar afetando o preço de itens essenciais, como o café e o cacau”, explicou o economista.